O TEA ( transtorno do Espectro do Autismo) é uma condição geral para um grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, é um transtorno permanente, com uma inabilidade, que tipicamente aparece durante os três primeiros anos de vida. O transtorno do autismo afeta a capacidade da pessoa em se comunicar, interagir com os outros e na aprendizagem.
Os TEAs começam na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta.
Embora algumas pessoas com TEA possam viver de forma independente, existem outras pessoas com deficiências severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo de suas vidas.
Intervenções psicossociais baseadas em evidência, tais como terapia comportamental e programas de treinamento para pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e comportamento social e ter um impacto positivo no bem-estar e qualidade de vida de pessoas com TEA e seus cuidadores.
Intervenções voltadas para pessoas com TEA devem ser acompanhadas de atitudes e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos, sociais sejam acessíveis, inclusivos e acolhedores.
As pessoas com TEA sofrem estigmatização, discriminação e violação dos direitos humanos. O acesso a serviços e suporte é insuficiente em todo o mundo.
O diagnóstico do transtorno do autismo deve ser dado por um médico pediatra, neuropediatra ou psiquiatria infantil, baseado na observação do comportamento da criança, informações.
Existem estudos que sugerem uma herdabilidade muito alta, mais ainda quando se considera a presença de traços do espectro autista numa mesma família. Em muitas delas parece haver um padrão de autismo ou deficiência relacionados, apoiando ainda mais a tese de que esses Transtornos têm uma base genética.
A suposição é que fatores ambientais que tenham impacto no desenvolvimento do feto, como stress, infecções, exposição a substâncias químicas tóxicas, complicações durante a gravidez, desequilíbrios metabólicos podem levar ao desenvolvimento do autismo.
Atraso ou falhas no desenvolvimento de habilidades físicas, sociais e de aprendizado.
Ritmos imaturas de fala, com limitação na compreensão de ideias, uso de palavras sem associação ao seu significado.
Maneiras anormais de relacionamento com as pessoas e objetos.
Aproximadamente 60% dos autistas apresentam valores do coeficiente da inteligência abaixo de 50. Muitas crianças com o transtorno do autismo apresentam habilidades especiais como quebra-cabeças.
Pode ocorrer em associação com outros distúrbios de funcionamento do cérebro, infecções virais perinatais, alguns distúrbios metabólicos e retardamento mental. O TEA também pode ser associado com deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção e, ás vezes, as pessoas com autismo têm problemas de saúde física, tais como sono e distúrbios gastrointestinais e podem apresentar outras condições como síndrome de déficit de atenção e hiperatividade, dislexia ou dispraxia. Na adolescência podem desenvolver ansiedade e depressão.
O autismo pode comprometer a pessoa de maneira grave e permanente, principalmente nas áreas de integração social, comunicação e comportamento. Geralmente apresentam comportamento agressivo incomum e repetitivo, tal comportamento pode persistir e ser muito difícil de mudar, sendo um desafio aqueles que convivem, tratam e ensinam pessoas autistas
Não há cura conhecida para o autismo, porém é tratável. O autista deve ser avaliado e seu tratamento ajustado às suas diferentes necessidades. Estudos mostram que com o diagnóstico e intervenção precoce leva a resultado significamente melhorado. Uma educação altamente estruturada, previsível e voltada para o desenvolvimento de habilidades individualizadas, tem se mostrado muito eficiente em todo o mundo. Habilidade de linguagem e sociais devem ser desenvolvidas o máximo possível.
As famílias necessitam de apoio, como todas as familias onde um dos membros apresente um distúrbio permanente. A busca pelo conhecimento é muito importante, grande parte do tratamento depende da ajuda dos pais e familiares.